#Garota, Interrompida

Heey lindo e lindas tudo beem ??
Como passaram a semana?? =DD
Hoje tenho uma coisa especial pra vocês! A resenha de hoje é especial, porque ela é a primeira que vai ser discutida no grupo Clube do Livro - Salão Comunal *-*
Sete blogueiras e eu nos unimos uma vez ao mês pelo Skype para criarmos uma maneira diferente de compartilharmos com vocês nossas opiniões sobre livros que selecionamos =DD
E como vocês são beneficiados com isso??
Fácil: responderemos deixadas por vocês para nós durante a discussão \O/
Entãão depois da resenha estarei esperando as perguntas em *-*
Bora lá pra resenha entãão?? Para vocês: Garota, Interrompida.

Titulo Original: Girl, interrupted
Autora: Susanna Kaisen
Editora: Única

Sinopse: Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Keysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era logo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é sanidade? Garotas interrompidas.

Bom, eu tenho que dizer que espera uma coisa totalmente diferente nesse livro, bom não diferente, mas não sei de verdade o que esperava encontrar aqui.

Eu conheci o livro graças ao filme, que já tinha assistido já a algum tempo e digamos que eu me apeguei um pouco mais ao filme do que ao livro!

O motivo principal do apego talvez seja pelo fato de no filme, ser de uma dinâmica bem mais intensa que no livro, que de certa forma é mais devagar, talvez por ser apenas do ponto de vista da própria autora.

Suzanna conta seus dois anos de estadia em uma clinica psiquiátrica, o Hospital McLean e também o convívio com algumas pacientes junto com ela, as que eu percebi que mais marcaram ela nesse tempo.

Uma verdade é que a doença que leva Suzanna a ser internada pode ser interpretada de varias maneiras, não apenas a depressão que de inicio é o que nos leva a acreditar que seja o real motivo de sua internação.

Ela é apenas uma adolescente que se viu presa as circunstancias e não achou saída para tudo isso. Tendo uma família que não a entende, relacionamentos desastrosos e tudo isso, ela então se vê chegar ao limite, e decide então que a melhor "saída" para tudo isso é tirar a própria vida.

" Acordei pela manhã sabendo que tinha que naquele dia tinha de engolir cinquenta aspirinas. Era minha tarefa, minha incumbência para aquele dia. Enfileirei-as sobre a mesa, engoli uma por uma e fui contando."

Os dias de Suzanna são contados principalmente pela passagem das outras internas em sua vida. Lisa é uma delas e acho que todo mundo lembra da Angelina Jolie a interpretando e claro, assim como o filme ela não deixou de me surpreender. Lisa é quem enxerga e presta muita atenção em tudo ao seu redor e não deixa passar nada. Seu diagnostico é de sociopata, mas isso é muito pouco falado no livro, mas ela tem a incrível habilidade de fugas do hospital psiquiátrico, e de verdade eu tenho medo dela! Ela é o tipo de pessoa que você não sabe o que de fato esta pensando e não dorme, o que causava em mim uma sensação de inquietude durante a leitura. Ela adora o poder que exerce sobre as outras e também se gama o tempo todo dos vícios que possui. Polly é outra figura de destaque. Ela também teve uma tentativa de suicídio, mas diferente do método de Suzanne, ela ateou fogo ao próprio corpo, porem quando vamos conhecendo ela acaba que não descobrimos o que a levou a isso.

"Chamava-se Polly. [...] Nunca estava triste. Era gentil e consolava os tristes. Nunca se queixava e sempre tinha tempo para ouvir a queixa dos outros. Não havia defeitos dentro daquele invólucro rosa e branco, justo e impermeável  O que quer que a tivesse motivado, murmurado-lhe "Morra!" ao pé do ouvido outrora perfeito e hoje desfigurado, ela havia imolado."

Ela é aquele tipo de pessoa que não parece que tinha um motivo aparente para o que fez e eu fiquei bastante chateada com o capitulo dela. E pela maneira coo ele é narrado, a autora deve ter se sentido do mesmo jeito.
Outra figura também é Daisy, que é viciada em laxantes, sofre de distúrbios alimentares e parece que a unica pessoa que pode ficar perto dela é seu próprio pai. O que deixa aquela duvida de qual é de verdade o relacionamento dos dois. Nem tenho que dizer que de todas, o que acontece com Daisy foi o que mais me deprimiu! Passei um dia todo com ela na minha cabeça, e quando fui perguntar pra minha irmã, que também leu, ela também se sentiu do mesmo jeito =/.
Os relatos de Suzanna são breves, mas marcantes de diversas formas, seja pelo ponto de vista dela sobre sua própria loucura, seja pelo que se passa dentro do hospital, até mesmo pelas conversas que ela tem com alguns funcionários, mas de toda as maneiras, é um livro que mesmo apos o termino da leitura eu me vi remoendo vários acontecimentos e me pergunta o que aconteceria se na vida delas existisse o "e se?". E se ela não tivesse tomado aquelas aspirinas? e se Polly não tivesse ateado fogo a si mesma? coisas assim sabem??
Também me levou a perguntar sobre como seria estar no lugar de alguma delas e eu acredito que esse seja o ponto importante que Suzanna queria nos mostrar quando criou esse livro.
Eu mais que recomendo a leitura, ele é rápido, tendo capítulos curtos, alguns com três paginas apenas, mas que são profundos e merecedores da atenção de todos.

"Minha fome, minha sede, minha solidão, o tédio e o medo, tudo isso era, sempre, uma arma apontada para meu inimigo, o mundo. É claro que o mundo não estava nem aí para esses sentimentos, e eles me atormentavam, mas eu extraia uma satisfação mórbida do meu sofrimento. Ele confirmava minha existência."

Bom pessoal, agora é com vocês =DD
Espero que tenham gostado da resenha e mandem suas perguntas, pode ser sobre o filme, o livro e sobre a resenha também!
Ahh se sua pergunta aparecer no vídeo, você ganha ainda mais chances no sorteio do livro! *-*
Basta clikar aqui e nos enviar sua pergunta =DD
Participem gente e uma ótima semana para vocês viiw <333